Excelente experiência. Staff atencioso, entradas e pratos principais muito bons! O espaço é super acolhedor e bem decorado.
A boa impressão que me causou o "Carmo" tem sobretudo a ver com a consistência em toda a linha.
Porque quem vem ao Largo do Carmo, sobertudo turistas, e tem a sorte em escolher o "Carmo" para comer no Carmo, entre tantos (e igualmente bons) restaurantes que populam esta praça, tem que ter uma visão do que deve ser um restaurante na baixa pombalina. Vá, eu ajudo:
1) TER UM NOME CÁ DA TERRA.
Um nome que o identifique e que seja memorizavel. Pode não parecer importante mas é um reforço positivo para o turista quando se visita um restaurante típico. Ou gostavam de ir a Dubrovnik e dizer que comeram no Meat Dome?! Ou ir a Paris comer no Mama Gina?! Pois não... É muito mais sexy dizer um nome da terra, idealmente curto. Carmo. Cumpre.
2) SER UM SPOT GENUÍNO.
Um restaurante pombalino em zona pombalina com detalhes pombalinos é um trio ganhador. Vistas em azulejaria portuguesa, estuques e arcos típicos daquela zona, soalho em tábua corrida e uma decoração retro chic fazem deste espaço um covil onde apetece estar e ao mesmo tempo tomar contacto com a herança arquitectónica do bairro.
3) É A COMIDA, ESTÚPIDO!
Para quem se esqueça, é a quinta essência num restaurante. A comida faz-nos esquecer tudo o resto e em alguns restaurantes podiam despedir-se de mim com pontapés nas virilhas que continuaria a lá ir. Em toda a linha, a cozinha do "Carmo" é um regalo de se provar. Produtos sazonais, muito frescos e bem confeccionados. Um crocante de queijo de cabra e ovos mexidos com espargos frescos deram início à diversão. Massa filo bem crocante e queijo de cabra, pasme-se, sem grumos! Os espargos dos ovos mexidos crocantes embora ligeiramente salgados. O Peixe Galo derreteu-se na boca, rodeado de um polme crocante e seco sem cheiro a fritura. Acompanhou com um arroz solto com porções generosas de ameijoa bonita. Seguiu-se uma bochecha estufada de porco que fazia inveja a qualquer naco de manteiga. Acompanhava-o um puré de alho francês (esse com manteiga a mais) guloso e bem texturado.
4) CONFIGURAR UM FINAL FELIZ.
E isso faz-se pedindo ajuda ao meu pecado mortal predilecto: A Gula. Uma carta de sobremesas muito variada (10 opções) abrangendo doçaria regional (arroz doce, ovos moles..), sobremesas da avó (mousse, bolo de iogurte, pudim flan) e algumas internacionais (brownie, crème brulée) assentaram como uma luva sobre tudo o resto e finalizaram com um café. Cheio.
Precisamos de finais felizes com esta idade?
Em zonas "very tipical" não tenho dúvidas!
Exelente lugar, ficamos numa mesa muito boa, fomos muito bem atendidos. O meu arroz à Bulhão estava um 9/10, o bacalhau confitado da minha esposa estava um 6/10. As sobremesas exelentes. A carta de vinho é boa. E tem o sozia do Sérgio Conceição a trabalhar lá. Recomendo e voltarei. Foi uma agradável surpresa.
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