Farta Brutos

Reservamos para um jantar em Família e pedimos a mesa do José Saramago e quando chegamos lá estava ela a nossa espera .Tudo perfeito as entradas a toalha adamascada o guardanapo de branco imaculado , tudo cumpria o ritual e o melhor ainda estava para vir . A comida meus deus ! Tradicional de confecção perfeita e apresentação cuidada . O serviço é mais um grande ingrediente no Farta Brutos amigável e competente como se fizéssemos parte da vasta história deste espaço . Voltaremos em breve e mais uma vez parabéns pelos 115 anos , Longa Vida ao Farta Brutos!!!

Excelente. Muito bom, recomendo e muito bem localizado. Situado numa Rua calma e com um ótimo Hostel perto. www.hostbell.pt
Ficamos na melhor mesa a preferida do escritor Saramago.

Em determinada noite, algures nos primeiros anos deste milénio, deambulava pelo Bairro Alto na companhia de dois amigos , em busca de um lugar aprazível para jantar quando ocasionalmente batemos á porta do “Farta Brutos”. Apesar de não termos conseguido os nossos intentos devido á lotação da pequena sala estar completamente esgotada, perdurou para sempre na minha memória a simpatia daquele senhor tão gentil quanto bonacheirão que nos recebeu e nos ofereceu um copo que ali mesmo bebemos entre dois dedos de prosa. Não me recordo onde acabámos por saciar o apetite nessa noite, mas ficou a promessa de em breve regressarmos com reserva feita atempadamente, tal foi o interesse que o local nos tinha despertado. O que pouco tempo depois veio de facto a acontecer.

Após mais de uma década de interregno regressei a esta histórica casa de bem comer alfacinha, e com incontida satisfação verifiquei que aqui, a tradição continua a ser exactamente que era. Ao contrário de muitos espaços o “Farta Brutos” não cedeu á tentação da modernidade, e mantêm a identidade que desde sempre o notabilizou. Foi com natural contentamento que verifiquei que aqui a atmosfera continua acolhedora e intimista, que o sabor genuíno a Bairro Alto permanece inalterável, que o carismático Sr. Oliveira “mestre de cerimónias” desta casa, soube passar o testemunho à sua descendência, mantendo-se o cariz familiar do restaurante e a competência, simpatia e simplicidade no trato com o cliente.

As paredes de madeira exibem várias fotos que testemunham a presença de várias figuras públicas ligadas à cultura, espectáculo e desporto que por aqui passaram ao longo de várias décadas. E foi na mesa devidamente assinalada como “a preferida de José Saramago” que nos acomodámos enquanto analisávamos as várias opções de cozinha tradicional portuguesa que constavam da ementa. À mesa chegou a “Perna de Galo com Vinho Tinto”, por unanimidade dos convivas eleito “o melhor prato da noite” com a carne da ave embebida em molho preparado com vinho tinto, cozinhada no ponto exacto , revelando a excelência do seu sabor e textura adequada, acompanhada por um arroz caldoso, igualmente confeccionado com o dito néctar. Nota positiva foi igualmente atribuída ás “Pataniscas de Bacalhau à José Saramago”, prato predilecto do Nobel da Literatura que recebe aqui nova justa homenagem. As pataniscas, acompanhadas com arroz de tomate chegaram em dose farta, notando-se no entanto a ausência de um pouco mais de bacalhau nas mesmas. As “Lulas Recheadas” foi de todos o prato que menos cativou, visto que a matéria prima utilizada não aparentava a frescura desejada, não apresentando igualmente o recheio nenhuma nota de fuga à banalidade.

A carta de vinhos contempla diversas boas referências, tendo sido escolhido um “Quinta do Cabriz” tinto para acompanhar o repasto.

Para finalizar, o emblemático “carrinho de sobremesas” que só por si mesmo justifica o nome do restaurante. Aqui os comensais podem provar e comer o que quiserem das cinco sobremesas tradicionais apresentadas: - Pêras Bêbedas, Salada de Laranja, Leite Creme, Papos D’Anjo e Terrina de Ovos Moles, todas preparadas com mestria, e que são autêntica perdição para o palato dos mais gulosos.

A conta por pessoa rondou os 40 euros, preço que pode parecer algo inflacionado face a alguns dos pratos escolhidos, mas que na minha opinião pessoal se justifica plenamente pelo conjunto de toda a genuína vivência que qualquer amante da boa mesa pode experimentar num dos últimos bastiões gastronómicos de autêntica tradição alfacinha.

Longa vida ao Farta Brutos!

Do Farta Brutos não há bruto que se farte. Nem lingrinhas. Nem mesmo eu!
Aqui é tradição, Portuguesa com P maiúsculo. Comida caseira, com doses de dimensão suficiente para fazer jus ao nome da Casa.

À porta está sempre o Sr. Oliveira, o Mestre de Cerimônias, e lá dentro, de baixa estatura mas coração gigante, a D. Fernanda, a mulher dos 'n' ofícios! Na cozinha a outra D. Fernanda, de cujas mãos saem as iguarias tradicionais e típicas, com cheiros, cores e texturas de queremos sempre mais.

E quando se acha estar empanturrado, bem servido de um bom vinho, há sempre o leque de sobremesas, um cardápio fixo posto a servir à disposição na mesa de cada um.
A saber: pêras bêbadas; papos de anjo, laranja amarga, leite de creme queimado e, como não poderia ser, uma terrina de ovos moles imperdíveis!
Doces de colher, colherada para comer e não se fartar.
À bruta mesmo!

Um bom restaurante com comida tipicamente portuguesa no Bairro Alto. Atendimento 5 estrelas, gerente veio cumprimentar à mesa - muito simpático. Recomendo peixinhos da horta como entrada,a açorda de marisco como prato principal, e a acompanhar o vinho tinto "Trinca Bolotas" do Alentejo. É bom saber que ainda há restaurantes bons de comida portuguesa tradicional em Lisboa!