Energia, equilíbrio, serenidade e paz. Sushi e iguarias japonesas de fusão para os verdadeiros amantes de qualidade e requinte. É assim que o Niwa, que em português significa jardim, se apresenta aos clientes no Facebook, garantindo que quem por ali passar irá ter a melhor experiência gastronómica da linha de Cascais.
O espaço, extremamente pequeno – só tem lugar para 22 pessoas – esteve em obras durante oito meses antes de ser aberto ao público. O responsável é Tiago Cartaxo, fanático por sushi que tem em mãos outro restaurante japonês, o Kyonagi, aberto desde o verão de 2018.
Lá dentro, percebemos que o espaço, apesar de pequeno, é acolhedor, onde prima o bom gosto pela decoração. Aliás, o mobiliário foi todo feito à mão. Foi tudo idealizado ao pormenor. No entanto, nesta questão da decoração, houve algo que não gostámos: das mesas. Apesar de giras e a condizer, têm pouco espaço para as pernas, o que faz com que alguém com mais peso muito dificilmente consiga sentar-se. Só mesmo se tiver mais afastado da mesa. Um ponto a rever.
Começámos a nossa degustação a provar Gyosas de frango e gyozas de vegetais. E tão depressa chegaram como desapareceram, o que só pode ser bom sinal.
Antes disso, já nos tinham servido uma Sangria de Sake, que nos iria acompanhar durante toda a refeição. Ideal para quem é amante de pepino.
Logo depois chegaram-nos o que no Niwa chamam de Rolinhos brasileiros com manga e maionese, envolvidas com salmão braseado, philadelphia e cebolinho. Se são fãs de manga irão simplesmente adorar esta opção. Caso não sejam fãs de manga, o típico sabor da fruta, que sobressai, poderá não ser do vosso agrado, mas, no seu todo, estes rolinhos brasileiros, que também traziam um ligeiro travo a amendoim, serão capazes de fazer furor com qualquer cliente.
Portanto, tivemos uma opção quente e uma opção fria. Chegava-nos agora mais uma opção nos quentes, e neste caso um dos ex-libris da casa: Niwa Hot, constituídos por camarão, salmão, abacate, maionese japonesa, teriaki e bonito flakes. Parecem demasiados ingredientes, mas a verdade é que, conjugados, transformam-se em peças extremamente deliciosas, mesmo para quem não é apreciador de camarão. Uma conjunção fantástica de sabores.
Mas nós queríamos mais, muito mais, até porque estávamos fascinados com a qualidade apresentada até então. Daí chegaram-nos peças de Nigiri Maguro (com salmão ligeiramente cozinhado por cima) em pedra de sal dos Himalaias. É difícil perceber ao certo se a tal pedra de sal dos Himalaias tem impacto no sabor, mas a verdade é que estes Nigiris foram dos melhores que já comemos até agora. Isto tendo em conta os vários restaurantes de sushi por onde já passámos. Arroz na quantidade certa com uma salmão de excecional qualidade, perfeitamente cozinhado. Podíamos comer umas 20 ou 30 peças que não nos iríamos fartar.
A refeição ainda não tinha acabado (e ainda bem) e o staff serviu-nos mais duas opções: dois Gunkans com ovas e os Italia Hot, uma especialidade da casa que consiste em rolinhos com salmão, pistácio, tártaro, pimenta rosa, limão e teriaky.
Começando pelos gunkans, que até acabam por ser das peças preferidas dos amantes desta cozinha, não desiludiram em nada, à semelhança das restantes peças que nos foram chegando à mesa. Deliciosos, somente pecando na quantidade.
Já os Italia Hot, ainda bem que são uma das especialidades da casa porque são mesmo fenomenais. Por vezes vamos a restaurantes de sushi onde as opções quentes deixam a desejar. Isso não acontece no Niwa, onde a qualidade entre peças frias e quentes é muitíssimo semelhante. Estes Italia Hot são servidos em oito peças, em que a combinação de todos os ingredientes irá agradar, especialmente aos amantes de pistácio.
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