Agradável surpresa após um passeio por Belém: entradas ótimas, bom aconselhamento nos vinhos (vinho de talha recomenda-se). A experiência de comer ao balcão e ver a preparação dos pratos é muito gira.
Diz-se, entre alentejanos, que são um povo "barriga de almece" (comilões). Diz-se também que no Alentejo não se deita nada fora, “aventa-se” qualquer coisa (desenrascar) e comem-se “ervilhanas”, “alcagoitas” (amendoins) ou“malacuecos” (farturas).
Os dois mentores d'O Frade percebem do que estou a falar. São de Beja e eu tenho costeleta de Montemor pelo que vamos lá chamar "os bois pelos nomes".
Neste caso, o boi já vem de trás, da década de 60 e do tempo dos avós do Sérgio Frade.
Ora tendo uma casa de pasto em Beja, já reconhecida e que laborou durante tantos anos, pesa naqueles costados uma pesada herança (passo o pleonasmo) a estes dois cachopos.
Mas sacudindo a "água do capote" lá conseguiram honrar a herança dos Frades e apresentar uma comida despretendiosa (sem peneiras!) e autêntica.
O Balcão em "U" dá para 17 pessoas. Todas se vêem a comer por isso à que ter bons modos e não lamber os dedos. Mas apetece...
Os ovos mexidos e-x-t-r-a-o-r-d-i-n-a-r-i-a-m-e-n-t-e cremosos a servir de cama para uma muxama de atum (lombo salgado do atum, como se fosse presunto) revelaram mestria na combinação de sabores. Dica: peçam oregãos e um fio de azeite para encimar a muxama que não se arrependem.
Seguiu-se o prato do dia: uma Feijoada de novilho de novo, e repito, e-x-t-r-a-o-r-d-i-n-a-r-i-a-m-e-n-t-e cremosa e apaladada que ganhou outros voos quando lhe pus generosamente o picante da casa.
Contudo, face à porção servida, num pequenissimo mas genuino tachinho de barro, achei caro (€14,5).
Por outro lado, a sensação de ser uma dose sumida para o valor deu-me espaço na tripa para partilhar um Pijaminha de 3 sobremesas com mais dois amigos.
Foi um final feliz às voltas num carrocel de pudim abade priscos, encharcada com gelado de tangerina e marmelo com crumble (este último servido demasiado frio e menos bem conseguido no sabor).
E escrevendo em bom alentejano, uma "tanganhada" para estes dois primos julianenses (habitante de Beja!) que meteram a Calçada da Ajuda no mapa do Alentejo.
Agarrei em mim e fui-me assacudindo!
Vale tanto a pena.
Um cantinho de comida tradicional alentejana, que nos faz voltar ao Alentejo durante uma... duas horas... o melhor.. o vinho :), a companhia, a tomatada, o arroz de pato, e eu que nem gosto de mousse de chocolate... convenceu-me... o Carlos pela simpatia :)
Voltarei concerteza!
Um balcão extremamente confortável, funcionários simpáticos.
Óptimo arroz de pato e incrível pudim abade priscos 👌
Finalmente uma opinião completa e positiva, depois de uma terrível devido ao erro por parte do restaurante com a minha reserva. Desta vez foi fácil marcar e foram super atenciosos com toda a marcação, confirmando de várias formas. Optámos por ficar na esplanada (devido aos tempos atuais, e que não existia inicialmente) e toda a decoração da mesa estava cuidada e bonita. Seguimos todas a recomendações feitas pelo funcionário, que era super simpático (assim como todos os outros que nos atenderam). Éramos 6 pessoas e pedimos 4 entradas e 2 principais e ficámos mais que satisfeitos. Pela quantidade e qualidade da comida que era deliciosa. Pedimos ainda duas sobremesas, para terminar. Gostei muito
Conceito interessante e inovador. Sente-se a classe ao entrar no estabelecimento. O atendimento poderia ter sido mais ágil, mas devidamente justificado pelo volume de clientes. Experiência a repetir!
Muito bom , desde o serviço aos pratos típicos alentejanos foi uma excelente surpresa. As refeições são ao balcão e isso torna o espaço mais acolhedor e informal. Ótimo atendimento. Recomendo
O Frade apesar de ficar bem junto do burburinho de Belém é tranquilo (pelo menos num almoço de domingo).
O ambiente é agradável, mesmo ao balcão, ótimo para acompanhar o que estão a preparar.
De pratos, pedimos o coelho de coentrada, a muxama com ovo e atum e a moreia frita.
Estavam todos bons, mas a moreia devido a característica do peixe, tinha bastante espinhas.
Para finalizar pedimos o pijaminha com a mousse de chocolate, a encharcada e o requeijão com marmelada que estavam divinos.
Restaurante Alentejano, que faz juz ao nome!
Entregam-nos o alentejo num prato!
Qualidade superior dos alimentos e com confecao muito bem conseguida, com supervisao do cliente! Amazing
Espaço pequeno mas muito simpático. Receitas tradicionais “with a twist” preparadas parcialmente a nossa frente. Muito saboroso. Staff super simpático. Preços moderados para a qualidade oferecida. Vivamente recomendado!
![Zomato]( "Recensione")
O Alentejo à mesa em Lisboa, sem grandes artifícios ou rodriguinhos, apenas bom produto bem confecionado por gente nova e entusiasta em relação àquilo que faz e tem para apresentar, num belíssimo espaço que é, porventura, o metro quadrado mais bem aproveitado do eixo Ajuda/Belém. Aquele balcão vai ganhar história. O couvert inclui um cesto de pão – piscadela de olho à tendência, em detrimento do bom pão alentejano, afinal de contas o sourdough português original - umas boas azeitonas e uma manteiga de sabores fumados que é um regalo. Da carta de petiscos chegou um pato de escabeche muito equilibrado e saboroso, uns ovos com muxama, aqueles no ponto e esta fininha como se quer, e uma papada de porco de comer e chorar por mais. Da lista de principais, um dos melhores arrozes que comi na minha vida: o bago de cozedura corretíssima, os pedaços de robalo, aquelas amêijoas, o tempero… de antologia. Rematou-se a barrigada com uma ótima encharcada e regou-se tudo com vinho da talha, que ameaçou ao início ser demasiado ácido para o meu gosto, mas que acabou por fazer todo o sentido com o decorrer da refeição. É vinho que secunda com galhardia os pratos fortes do Alentejo. Até à próxima.
Best Eats 2019: Arroz de robalo e amêijoas
Espectacular restaurante! Pratos muitos bem cozinhados, dos melhores é o arroz de pato! 5 estrelas. Bom ambiente, muito bem apresentado, os donos muito porreiros!
Boa comida, variada e muitíssimo bem confecionada. Gostei de tudo. Serviço muito simpático sem ser intrusivo. O vinho da talha é de ótima qualidade mas só para quem é apreciador como eu
Ingredientes de qualidade, toque de classe dos cozinheiros, reduzido tempo de espera pelo pedido e um sorriso no rosto no atendimento. Os meus critérios de avaliação do restaurante, todos superados em O Frade.
Provei arroz de pato (aquele toque a laranja é qualquer coisa), chouriço, vinhos de talha e as sobremesas: mousse e encharcada. Difícil escolher a melhor!
Como servem ao balcão, limita um pouco o público. Mas compensa com tudo o resto.
A voltar em breve.
Serviço 5 estrelas, todos muito simpáticos. A comida é essencialmente inspirada na cozinha alentejana com um pequeno toque gourmet. Aconselho para prato principal o arroz de pato, é divinal. Para entrada os ovos com tubaras (prato sazonal). Irei voltar certamente.
O ambiente do restaurante é bastante descontraído e familiar. É pequeno, apenas servem ao balcão, por isso aconselho a ligarem antes de ir. Pelo que percebemos, existe desde 1966 e foi fundado pelos avós dos atuais cozinheiros, que decidiram “modernizar” o espaço no início deste ano.
Fui com 3 amigos e gostámos bastante. Pedimos 4 petiscos e 2 pratos principais para dividir. Aconselho: muxama, ovos com tubaras, coelho de coentrada, papada à alentejana, arroz de pato e xerém de berbigão. Para terminar provámos a mousse de chocolate com azeite e flor de sal e encharcada. Não sou fã de chocolate mas esta mousse estava incrível. Ah não esquecendo um ponto muito importante: o serviço foi muito bom. Voltarei muito em breve. (Só tenho foto da encharcada e se repararem já faltava um bocado 🙂)
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