Após a visita em família ao Dino Parque na Lourinhã ter sido concluída até à hora de almoço, família com crianças entre os 8 e os 16 anos e adultos até aos 60 anos, surgiu o dilema de escolher um local para almoçar que agradasse a todos. Teria de ser perto, acomodasse um grupo grande (eramos 11) e obviamente fosse agradável.
Já tínhamos ouvido falar do Restaurante o Camelo e a curiosidade de o visitar era grande, contudo o facto de se tratar de um sistema buffet desagradou a alguns (inclusivamente a mim que nestes momentos gosto de simplesmente me recostar numa cadeira e ser servido).
Ainda assim, conversa puxa conversa e sugestão atrás de sugestão, acabámos por pesquisar o número de telefone na internet e tentar marcar uma mesa para 11 pessoas (isto já passava das 13h). Primeira surpresa positiva: atenderam e aceitaram a reserva.
Sendo assim, então vamos lá…
Depois de 15 a 20 minutos de carro e numa reta depois de uma bomba de gasolina (para quem vem da Lourinhã), lá aparece a placa para entrar para o estacionamento do Camelo…
Primeiro estranha-se: um parque de terra todo desnivelado no meio de uns pinheiros (não sei precisar se seriam exatamente pinheiros, mas a ideia é essa… na próxima visita tiro fotos) sem perceber muito bem onde seria efetivamente a entrada para o restaurante… Ainda assim, foi fácil encontrar um lugar à sombra entre a confusão “auto-organizada” dos carros estacionados e lá nos dirigimos para a entrada.
Depois entranha-se: sensação ótima ao sair do carro… lembrança de férias junto à praia e de almoços relaxantes enquanto fugimos ao sol do meio dia (foi esta a sensação). Pelo caminho até à entrada do restaurante, um burrito que fez as delícias dos mais pequenos para além de uns gatos que por ali nos indicavam a entrada.
Ao entrar no espaço a sensação é a de uma enorme quinta familiar onde todos se conhecem. Uns comem cá fora, outros lá dentro, outros falam a um canto com um copo na mão… Estou num casamento ou vim a um restaurante?
Encontramos um colaborador e dizemos que temos uma reserva. Não faltam sorrisos, bem-haja, e um sentimento que por vezes não se sente noutros locais: estão felizes por estarmos ali… e o restaurante está apinhado!!! Muito agradavelmente, dirigiram-nos à nossa mesa e explicaram-nos o sistema: bebam e comam o que quiserem…
O sistema, como disse no início, é o de buffet… mas buffet como nunca tinha visto na área de Lisboa, buffet tipo resort de férias, ou seja, tudo por nossa conta, sejam as entradas, sopa, comida, bebida, sobremesa, etc.. A diferença deste tipo de resorts era que a comida era divinal!!! Nada que se assemelhasse a um buffet… A comida era mesmo boa… Não era requentada, com sal a mais ou a menos, sem sabor, passada… nada disso! Era simplesmente espetacular!
Havia comida para todos os gostos. Todos nós, dos 8 aos 60, encontrámos o que queríamos: sopa para as crianças, sopa para os adultos inclusivamente uma sopa com carne que era praticamente uma refeição… leitão assado no forno no momento, salada de bacalhau excelente, mista de carnes grelhada suculenta e saborosa…
Só de partilhar a experiência fico de água na boca e esqueço-me de alguns pormenores que julgo importantes… ao abrir a mesa, travessas de mexilhões chegam da cozinha acabadinhos de fazer e muito saborosos.
O staff é impecável e imparável. Apesar do espaço estar completamente cheio (apesar do espaço entre mesas ser bastante grande e não termos a sensação de ser um local com confusão ou barulho), os colaboradores paravam para realmente ouvir o que pretendíamos ou o que precisávamos. Por exemplo, o leitão no forno acabou (já chegámos tarde) e perguntámos se ainda haveria um pouco mais… um rapaz com um ar muito simpático e prestável disse-nos que iria verificar na cozinha se ainda nos conseguia arranjar uma travessa… Nesse momento achei que era uma daquelas respostas para despachar… mas passados não mais de 2 minutos, chega com uma travessa com vários bocados de leitão e desculpa-se por não terem mais… e o leitão estava maravilhoso, quase ao nível do Mosteiro do Leitão na Batalha, ou do Rui dos Leitões em Coimbra mas não atrás dos leitões da mealhada.
Os empregados, apesar da azáfama e do trabalho que tinham, ouviam realmente os clientes e ficavam felizes com o prazer que tínhamos a degustar as iguarias que nos proporcionavam. Não é comum esta atitude neste tipo de estabelecimentos.
Aproveito a oportunidade para descrever de uma forma um pouco mais técnica o espaço e as comidas:
Têm comida para adultos e crianças, incluindo sopas para os mais pequenos, sopas para os mais crescidos, saladas com ou sem proteína, carne, peixe, legumes, assados, fritos, cozinhados mais elaborados, grelhados e até, por vezes, porco no espeto. As bebidas também são à descrição. Não há bebidas comerciais. Têm bom vinho tinto, branco (de pacote), sangria (à pressão), cerveja (à pressão), sumos e água. Não torçam o nariz ao vinho de pacote… sou um bom apreciador de vinho e garanto-vos que era muito agradável e adequado à refeição.
Não contem com bebidas comerciais como Coca-Cola ou Sumol pois o espírito não é esse, mas garanto-vos que não ficarão a perder.
No final a conta é simplesmente à cabeça. Dependendo dos dias pode ser mais caro ou mais barato (incluindo as bebidas), mas se não estou em erro, o preço máximo é de 15 euros por cabeça… Inclui também as sobremesas variadas que podem repetir as vezes que quiserem ou até mesmo o pratinho de queijos que podem construir por vós mesmos (com grande variedade).
Em resumo, tudo foi excelente e é definitivamente uma experiência a repetir. Eu não gosto de buffets mas estou disponível para voltar a visitar o espaço.
Não percam a oportunidade de conhecer e criar a vossa opinião sobre o restaurante O Camelo. É uma experiência que não podem perder.
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